Ser corno ou não ser...



No dia 2 de março de 2016 completou-se 20 anos da morte dos componentes da banda mamonas assassinas, aquela banda de rock cômico que misturava punk rock com ritmos populares fazendo um som besteirol que são atuais até os dias de hoje. Entre os sucessos emplacados em sua carreira curta como coice de bacurinho, estava a canção :

Bois Don't Cry
Composição: Dinho e Samuel
Ser corno ou não ser
Eis a minha indagação
Sem você vivo sofrendo
Pelos "buteco" bebendo
Arrumando confusão...

Você é muito fogosa
Tão bonita e carinhosa
Do jeito que eu sempre quis
Minha coisinha gostosa
Dá aos pobres, é bondosa
Sou corno mas sou feliz...

Soy un hombre conformado
Escuto a voz do coração
Sou um corno apaixonado
Sei que já fui chifrado
Mas o que vale é tesão...

E na cama quando inflama
Por outro nome me chama
Mas tem fácil explicação:
O meu nome é Dejair
Facinho de confundir
Com João do Caminhão...

Vejam só como é que é
A ingratidão de uma mulher
Ela é o meu tesouro
Nós fomos feitos
Um pro outro
Ela é uma vaca
Eu sou um touro...

E na cama quando inflama
Por outro nome me chama
Mas tem fácil explicação:
O meu nome é Dejair
Facinho de confundir
Com João do Caminhão...

Vejam só como é que é
A ingratidão de uma mulher
Ela é o meu tesouro
Nós fomos feitos
Um pro outro
Ela é uma vaca
Eu sou um touro
Ela é uma vaca
Eu sou um touro
Ela é uma vaca
Eu sou um touro!


  
Relembrando essa música que começa parafraseando William Shakespeare cheguei a conclusão que ser traído ou ser deixado pela pessoa amada às vezes dilata a veia poética, em meio a tristeza brota maravilhosos e emocionantes versos. Particularmente sou louco pra levar uma ‘gaia’ pra cantar a música ELE de José Augusto com propriedade, já deu vontade de chorar...

Ele (y Como Es El?)
Composição: José Luiz Perales ( Versão: José Augusto)

Olhando nos teus olhos desconfio
Que existe alguma coisa prá dizer
Me fala de uma vez, não tenha medo
Pois amanhã talvez já seja tarde (bis)

Refrão: (bis)
Quem é ele?
Em que lugar se apaixonou por ti?
De onde ele vem e o que ele faz nas horas livres?
Me diz porque ele roubou assim a minha vida?
É um ladrão que me roubou os sonhos

Se veste agora e vai, já é tão tarde
E leva o guarda-chuva porque vai chover
Não quero que por mim você se atrase
Me deixa aqui ciumento feito louco

Sorria então
Você fica tão bem nesse vestido azul
Não pensa mais e não escute se me ouvir chorando
Me deixa só prá que eu possa arrumar as minhas malas
Perdoa se eu pergunto novamente...




Amelinha interpreta de forma singular a canção: Mulher nova, bonita e carinhosa de Zé Ramalho e Otacílio Batista. E é muito interessante porque começa com ponta e termina com chifre. Páris foi dar uma de urso e seduziu a mulher de Menelau, uma brincadeirinha que lhe custou o reino de Tróia. Encerrando essa ode nordestina temos o caso de Lampião e Maria Bonita, que troca Zé de Neném pelo cangaceiro, possivelmente porque o sapateiro não lhe dá um bruguelo pra balançar. Zé de Neném besta da gota, eu tinha rasgado Lampião na unha mais não deixava ele levar Maria...

Numa luta de gregos e troianos
Por Helena, a mulher de Menelau
Conta a história de um cavalo de pau
Terminava uma guerra de dez anos
Menelau, o maior dos espartanos
Venceu Páris, o grande sedutor
Humilhando a família de Heitor
Em defesa da honra caprichosa
Mulher nova, bonita e carinhosa
Faz o homem gemer sem sentir dor

Alexandre figura desumana
Fundador da famosa Alexandria
Conquistava na Grécia e destruía
Quase toda a população Tebana
A beleza atrativa de Roxana
Dominava o maior conquistador
E depois de vencê-la, o vencedor
Entregou-se à pagã mais que formosa
Mulher nova bonita e carinhosa
Faz um homem gemer sem sentir dor

A mulher tem na face dois brilhantes
Condutores fiéis do seu destino
Quem não ama o sorriso feminino
Desconhece a poesia de Cervantes
A bravura dos grandes navegantes
Enfrentando a procela em seu furor
Se não fosse a mulher mimosa flor
A história seria mentirosa
Mulher nova, bonita e carinhosa
Faz o homem gemer sem sentir dor

Virgulino Ferreira, o Lampião
Bandoleiro das selvas nordestinas
Sem temer a perigo nem ruínas
Foi o rei do cangaço no sertão
Mas um dia sentiu no coração
O feitiço atrativo do amor
A mulata da terra do condor
Dominava uma fera perigosa
Mulher nova, bonita e carinhosa
Faz o homem gemer sem sentir dor






É interessante também é aqueles caras com ‘isprito de corno’ que faz questão de ficar ‘malassombrando’ a vida da ex. Fazendo questão de lembrar as datas importantes na vida da moça, ainda da pitaco como o cavalheiro deve tratar a dama, como se só ele soubesse dançar os passos da quadrilha...

Cuida bem dela
Intérpretes: Henrique e Juliano
Composição: Marília Mendonça, Maraisa, Juliano Tchula, Daniel Rangel



Sabe aquela menina sentada ali
Com um olhar desconfiado, tão inocente
Eu já fui doente naquela mulher

Eu sei que agora ela deve tá olhando de lá
Tão sem graça, vendo o presente e o passado
Conversando de um assunto, ela já sabe qual é

Esse é meu único aviso
Se ela quis ficar contigo
Faça ela feliz, faça ela feliz

Cuida bem dela, você não vai conhecer alguém melhor que ela
Promete pra mim o que você jurar pra ela você vai cumprir
Cuida bem dela, ela gosta que repare no cabelo dela
Foi por um triz, mas fui incapaz de ser o que ela sempre quis
Faça ela feliz

Sabe aquela menina sentada ali
Com um olhar desconfiado, tão inocente
Eu já fui doente naquela mulher

Eu sei que agora ela deve tá olhando de lá
Tão sem graça, vendo o presente e o passado
Conversando de um assunto, ela já sabe qual é

Esse é meu único aviso
Se ela quis ficar contigo
Faça ela feliz, faça ela feliz

Cuida bem dela, você não vai conhecer alguém melhor que ela
Promete pra mim o que você jurar pra ela você vai cumprir
Cuida bem dela, ela gosta que repare no cabelo dela
Foi por um triz, mas fui incapaz de ser o que ela sempre quis

Cuida bem dela, você não vai conhecer alguém melhor que ela
Promete pra mim o que você jurar pra ela você vai cumprir
Cuida bem dela, ela gosta que repare no cabelo dela
Foi por um triz, mas fui incapaz de ser o que ela sempre quis
Faça ela feliz



Por: Lunas de Carvalho Costa


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